Qual de nós se arrisca a recordar do passado, sem cobranças, sem qualquer receio de voltar a sentir o que nos juntou? Qual de nós tem o que sempre pediu, mas percebe que não tem quem importa? Qual de nós percebe que o futuro já não será o mesmo, mas que mesmo assim terá tudo valido a pena? Qual de nós, se não ambos, recusa aceitar que fez o suficiente para que estar sozinho agora não doa? Qual de nós vai ceder e voltar a repetir, uma e outra vez, que ama como amar deve ser? Qual de nós acorda a cada noite, sempre à mesma hora, apenas para ter a certeza que o outro não está? Qual de nós vai ser quem muda o hoje, usando o ontem longínquo para ter quem ama amanhã? Qual de nós é corajoso o bastante para corajosamente recuperar quem sempre fez sentido?
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