Gosto sim, cada vez mais!



Gosto de questionar o meu olhar sob as coisas, até as que já possuo há algum tempo, mas nas quais não o pouso frequentemente, porque elas parecem adquirir uma cor e luz diferentes de cada vez que também me sinto outra. Serão as coisas, os lugares e até as pessoas, porque elas têm uma movimentação própria e constante. Quem me chega hoje, mesmo que tenha estado no meu ontem, tem um formato e movimento novos, alguns criados pela distância física, mas sobretudo pela emocional. Gosto do jogo da visualização e percepção, porque o que é claro para mim, será certamente dúbio ou complexo para outros. Gosto de perceber que tenho especificidades, teremos cada um de nós, mas que nem sempre se encaixam nos modelos. Gosto de não ter como perceber coisa alguma, mas tendo uma enorme clareza em momentos cruciais. Gosto das dúvidas dos outros e de ser capaz de as sossegar, pincelando-as com as certezas que a vida me oferece. Gosto, cada vez mais, de gostar sem razão e de não gostar também, porque posso e porque me permito. Gosto até do que ainda não conheço, mas que já planeei e vou certamente atestar. Gosto de quem me lê e comenta, porque é isso que me impulsiona a mais palavras. Gosto de andar por aqui, pronto!

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