Perguntei-me muitas vezes ao que me saberia um dia a solidão, o chegar a casa e ser apenas eu. Questionei-me sobre o quando e de que forma reagiria. Tive uns quantos sonhos, que quase chegaram a parecer-se com pesadelos, sobre o vazio, a ausência de rotinas e da necessidade extrema de fazer acontecer. Tive e ainda tenho muitas questões sobre o meu novo papel como mãe, mas continuo firme na necessidade de que os meus necessitem cada vez menos de mim, porque isso significará que lhes dei tudo o que precisavam para começar e progredir.
Estou cada vez mais desapegada do que me prende os movimentos e anseio pelo momento em que poderei partir para os locais onde terei que estar, para que a outra caminhada comece, a minha, de descoberta do eu sem ruídos nem distracções. Há mais de duas décadas que não me oiço respirar sozinha, dizendo o que apenas a mim importa e faz sentido. Não estou cansada de nada, mas vivamente ansiosa por tudo.
Quero poder pôr em prática tudo o que me ensinaram e o que igualmente fiz por aprender. Quero provar-me capaz de evoluir em territórios novos. Quero testar-me sem que me testem e quero eventualmente responder a todas as minhas questões. Quero que a minha felicidade interior e bem-estar físico deixem os meus tranquilos, direccionados para si mesmos e livres para serem o que lhes der na real gana. Quero muito de tudo e vou continuar a querer muito mais ainda, mas desta vez comigo na proa!
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