Qual é a cor da minha verdade?



Como é que posso analisar o que poderá apenas ser a minha verdade?
Cada um de nós escolhe a forma como reconstrói a verdade, consciente ou inconscientemente. Nem sempre somos testemunhas credíveis dum mesmo evento, apenas porque o vivemos e sentimos com o que já temos dentro. O passado, curiosamente, está sempre a mudar. Muda comigo quando o olho. Muda contigo quando reentras na minha história, ou na nossa. Muda com todos os intervenientes e carrega responsabilidades no futuro de cada um. O passado pode muito bem impedir-nos de prosseguir.
- Temos que falar, preciso de te contar a minha versão e de a situar na tua.
- Estava à tua espera há algum tempo, que estivesses pronta.
De que forma vou conseguir aceitar o que deixei correr, quando ainda não detinha o controlo das minhas decisões?

Está decidido, vou reescrever algumas partes do "livro" e deixar que uns quantos capítulos mostrem o que fez de mim quem sou hoje, mas estou claramente mais pronta para aceitar que as verdades nem sempre são universais, não quando falamos de amor, de família, de amizades duma vida, de pessoas iguais a nós, mas tão diferentes.

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