Cada um de nós escolhe a forma como reconstrói a verdade, consciente ou inconscientemente. Nem sempre somos testemunhas credíveis dum mesmo evento, apenas porque o vivemos e sentimos com o que já temos dentro. O passado, curiosamente, está sempre a mudar. Muda comigo quando o olho. Muda contigo quando reentras na minha história, ou na nossa. Muda com todos os intervenientes e carrega responsabilidades no futuro de cada um. O passado pode muito bem impedir-nos de prosseguir.
- Temos que falar, preciso de te contar a minha versão e de a situar na tua.
- Estava à tua espera há algum tempo, que estivesses pronta.
De que forma vou conseguir aceitar o que deixei correr, quando ainda não detinha o controlo das minhas decisões?
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