1.4.20

Os dias de dúvida deveriam existir sempre!


Os dias de dúvida deveriam existir sempre, mesmo que nos pareça difícil de gerir, porque acredito que o excesso de confiança, a planificação automatizada do que afinal não controlamos e o tomar por garantido o que nos rodeia, apenas nos fragiliza. Quando duvidamos resistimos e melhoramos. Quando procuramos, continuamente, por planos B e C, tendo já delineado o A, o sucesso deixará de ser relativo. Isto vale para tudo, até e sobretudo para o amor.
Quem é que acredita já ter um amor para a vida? Quem é que acha poder controlar o que o outro sente, apenas por sentir muito? Quem é que é optimista o bastante para nunca temer o negativismo que nos rodeia, tal qual uma nuvem negra e pronta para descarregar galões de água? Quem é que não cuida, diariamente, para poder ser cuidado e ainda assim acredita que já faz o que basta?
Quando nos pré dispomos a continuar a aprender e nos reservamos tempo e momentos para fazer ajustes e reajustar estratégias, percebemos que os dias se vivem um de cada vez. Os sentimentos ampliam-se e constroem-se a cada suspirar, sob pena de se destruírem com uma simples ventania, se nos distrairmos. Os toques não se poderão adiar porque a vida não espera pelos indecisos e nenhuma pandemia nos deveria recordar do óbvio. Quando aceitamos que só fazemos sentido quando o que sentimos é genuíno, acabamos a lapidar cada "pedra preciosa", na esperança de que nos presenteie com o que tem de melhor e nos enriqueça corpo e alma.

Os dias de dúvida deveriam ser obrigatórios por lei e certamente que depois disso já ninguém deixaria o amor para mais tarde!

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