Estar certo não torna o errado mais suportável. Saber que afinal até sabemos tudo o que importa sobre os outros, faz-nos importar cada vez menos com os seus devaneios e jogos dissimulados. Estar certo quanto ao que muitos sentem quando se esforçam tanto para não sentir nada, impede-te de os considerar como sendo uma qualquer fonte de interesse. Estar certo pode amargurar-te, porque por vezes estar errado significa que podes voltar a confiar, pelo menos nos sonhos onde a vida acontece num timeline definido, honesto e previsível. Estar certo quanto ao errado é um murro no estômago, até que eventualmente deixe de doer e se torne natural.
Alguns de nós nunca serão capazes de crescer, ultrapassando a chamada inocência, que supostamente seria boa, mas que com a idade apenas nos diminui e envergonha.
Estar certo neste mundo de dualidades, encurta o ângulo de visão e dificulta a perspectiva, sobretudo do novo e do genuíno. Caramba, o que eu dava para estar errada mais vezes!
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