Não podes dar o que não tens, porque a tua jornada só será comparável com o teu propósito de vida e nunca com nenhum outro, ou de qualquer outra pessoa, mesmo que te seja próxima. Vais ter que aprender a pensar menos, a controlar menos ainda e a usufruir mais, do que sentes em cada momento, do que vês quando te dispões a olhar com atenção e do que ouves quando te afastas do barulho. Se acreditares em tudo o que determinaste e colocares intenção e foco no que pretendes que chegue, vais perceber que chega mesmo e no tempo que o teu tempo precisa. Não te cabe sentires pelos outros e não te adiantará camuflares emoções que apelidas de amor ou de compaixão, sente-te primeiro e legenda o que te parece distante ou pouco perceptível. Não podes calçar os sapatos que não são do teu número ou formato, sob o risco de desvirtuares a caminhada. Não podes, nem deves, começar a mudança por fora, porque se o fizeres, voltarás uma e outra vez até ao ponto de partida, apenas para adiares a chegada. Não podes continuar a fingir que não percebes.
30.6.20
Não podes dar o que não tens...
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Sue Amado
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junho 30, 2020
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