Não me consigo imaginar a dar menos do que os meus precisam, porque não arrisco retirar-lhes a confiança, afunilando-lhes cada sonho!
Ter quem olha para mim à procura de segurança, de respostas que mais ninguém tem e que nem sempre sei serem seguras, confere-me uma responsabilidade que se cola ao amor que tenho que distribuir e solidificar. Por vezes o medo de não ter como contornar esquinas escuras arrepia-me a pele e aloja-se-me nas entranhas, mas apenas pelo tempo que demorarei a arrancar cada um para permanecer forte e determinada. Ser a que provém, constrói e conclui, leva-me a desconsiderar o que é demasiado pequeno e a agigantar o que tenho de sobra.
Não me consigo retirar dos cenários que quero ver compostos, enquanto cada um dos meus compõe a sua própria melodia e me assegura de que estou a fazer o que me cabe. Não consigo, em momento algum, permitir que os nossos momentos, mesmo que já mais escassos e longínquos, nos subtraiam do amor que cresce tal como faz o bom-senso. Não me consigo pedir menos do que verdadeiramente tenho para dar e é com isso que contam os que nunca deixarão de contar comigo.
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