Qual é a fronteira que delimita o que quero e considero certo, da vontade e desejos de cada uma das pessoas a quem tanto amo?
Saber quando estar sem que a minha presença seja intrusiva, mas nunca descurando a necessidade de estar mesmo, independentemente dos quês e porquês, força-me a uma ginástica mental contínua. O meu instinto e sexto sentido não podem desculpar tudo, por isso evito, a todo o custo, que me desculpem sempre que use e abuse do amor.
O que pode justificar a minha intromissão, até quando considere que tenho que me armar de escudo e espada para proteger quem afinal poderá já não precisar da minha protecção?
Os bens que mais demorei a conquistar foram a autonomia, a liberdade emocional e a auto-avaliação, porque na verdade preciso de muito pouco para além de mim mesma para decidir e escolher entre o certo e o errado, na minha perspectiva, claro está, por isso passei a respeitar o que os outros conquistam, dando-lhes espaço para que saibam quem são e o que lhes serve.
O que pode justificar o nosso alheamento perante tudo o que nos é verdadeiramente importante? Se entregamos o poder, não temos como reclamar de quem o reconhece e usa, certo?
Sem comentários:
Enviar um comentário