15.2.21

Ainda me consegues deixar sem palavras!



Ainda me consegues deixar assim depois de tanto tempo, sem palavras. Basta que entres pela porta onde a nossa vida recomeça e tudo volta a ser seguro, natural e acabo naturalmente tua. Ainda me deixas sem palavras quando repetes que me amas como nunca fizeste a nenhuma outra mulher. Escolho acreditar em ti tal como escolhi amar-te mal me tocaste. Ainda me deixas sem palavras quando pareces entender tudo o que não digo e me sossegas a mente que se move a velocidades estonteantes só de te pensar. Nada é novo na nossa vida agora, mas acordo a sentir que a novidade ainda nos envolve e que o ontem apenas serviu para vivermos bem melhor o hoje. Ainda me consegues deixar nervosa e a balbuciar como uma menina quando dizes que sou bonita e te encho todas as medidas. Ainda me sabes ao mesmo sabor que é tão real e tão meu quando te tenho em mim, que certamente já te terei tido antes. Ainda te destacas sempre que estás numa sala cheia das pessoas que não consigo ver porque o foco está no corpo que ensinou ao meu tudo o que aprendeu e usa para te mostrar o quanto precisa da tua felicidade para ser feliz.

Quando alguém como eu fica sem palavras e passa apenas a sorver todas as que me diriges, é como se o universo me certificasse o que nunca me passou pela cabeça duvidar. Quando esses profundos olhos de azul céu me teletransportam para o único lugar onde serei sempre feita para a tua medida, os sorrisos afastam todas as nuvens e arrastam até nós todos os raios de sol que nos mantêm aquecidos do frio do mundo.

Ainda me consegues deixar de respiração ofegante quando o teu perfume me irrompe pelas narinas que inspiram mais ar para que te reconheça em qualquer lugar. Ainda me consegues deixar sem palavras quando me chamas de tua mulher e dizes aos teus amigos que encontraste quem envelhecerá ao teu lado. Ainda me consegues deixar sem palavras quando dizes que não preciso de fazer nada para que te sintas acompanhado, completo e completamente seguro.

Fico sem palavras perante as tuas, mas nunca te deixo de dizer o que recordaremos um dia, quando a nossa história tiver ramos e deles vierem os frutos do amor que tivemos a sorte de encontrar.

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