Nunca parecem existir respostas suficientes às perguntas sobre o desamor. A sensação que nos fica é a de que o que quer que se explique acerca das poucas explicações que escolhem dar os que não amam, ou o fazem da forma errada, não conseguem convencer os outros. Não existem fórmulas mágicas, nem sequer manuais de comportamento amoroso, mas o bom-senso deveria bastar para que se parasse de infligir dor aos mais vulneráveis de forma gratuita.
Nunca parecemos estar preparados para os que nos irrompem coração dentro, mas que depois não sabem o que fazer dele. Chegam mal preparados, com teorias usadas vezes sem conta, mas que não funcionam e ainda assim vamos permitindo que se alojem e estraguem o que a pulso construímos, derrubando os muros que nos protegiam.
Nunca de deve fugir da vida, mas alguns dos caminhos escolhidos já têm demasiados sinais vermelhos e se insistirmos em os ignorar, acabaremos de cara esborrachada no chão e com o único orgão que nos alimenta feito em mil pedaços.
Nunca parecem existir dores suficientemente grandes que nos impeçam de continuar a tentar ser amados, compreendidos, vistos e admirados pelo que carregamos, talvez por isso regressemos sempre ao ponto de partida e nos preparemos para a corrida seguinte, na esperança de que seja a definitiva.
0 Comentários