Lá atrás, no meu passado, considerava-me inteligente o bastante para conseguir mudar o mundo, hoje considero que sou suficientemente sábia para perceber que apenas me posso mudar a mim!
Podemos sempre ir mudando o mundo de alguém, diariamente, mas podemos escolher fazê-lo pela positiva, passando o que já aprendemos e sendo suficientemente generosos para nos doarmos sem pedir nada em troca. Há tanto que nos ensina o tempo, quando queremos mesmo aprender e a aprendizagem deixa-nos mais plenos, mais livres e libertos para simplesmente viver. O tempo permite-nos prosseguir, escolhendo o caminho, marimbando-nos para as escolhas alheias e alheados dos males do mundo e parando de lhes anuir.
Lá atrás sonhava em fazer a diferença, passando pelas pessoas deixando algo de importante e recebendo de toda a importância que me dariam, mas com o tempo acabei a sorrir mais para mim mesma, sentindo que terei que ser eu no leme da vida que escolhi e escolhendo criteriosamente quem fará parte dela.
Deixo-vos com um pequeno poema sobre o tempo da actriz Bruna Lombardi e com o desejo de que o saibam usar bem:
"Para onde vai o tempo depois que passa por nós? Chega em um ponto de passagem, como um rio em sua foz e desemboca no imenso, onde já não existe tempo, existe uma outra essência, uma outra qualidade. Uma espécie de abrangência, uma absoluta verdade. Deve ser lá nesse espaço, onde o tempo flutua no meio dos planetas, dos asteroides, das luas. Ele fica se deliciando depois da missão cumprida e pode ficar descansando, pelo resto de todas as vidas".
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