Quando os nossos dias são iniciados e vividos em função dos sonhos que carregamos, não como pesos, mas a saberem ao que pode mesmo ser nosso, passamos a deixar de girar e girar em círculos e mantemos os pés no chão, mas capazes de flutuar.
A magia acontece quando e de cada vez que nos recordamos do que já fomos e onde estivemos antes, porque só pode ter sido dessa forma, pelo menos para mim que sinto e oiço, de forma distinta, os sons que já me pertenceram e permanecem familiares. Somos da dimensão que formos capazes de antecipar e permaneceremos grandes se soubermos que direcções seguir.
Quando os meus dias são tranquilos o bastante para que nunca deixe de me ouvir, somo todas as sílabas das palavras que apenas eu sei de que forma juntar, para que me inunde do que mais ninguém consegue. Quando já não parto antes de ter chegado, mas vou assim que ficar deixe de servir, percebo o quanto a minha percepção do EU interior me resolve as escolhas difíceis. Quando já não me disponibilizo para ensinar o que eu mesma tive que aprender, recolho-me, encosto-me bem para trás e contemplo o que tenho e sou agora, vivendo e deixando viver.
Quando os nossos dias se conjugam para não nos defraudemos do que dizemos ser, até as dores mais profundas se esbatem!
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