Somos o somatório de tudo o que guardamos dentro, das pessoas, das palavras e dos inúmeros actos de bondade ou de maldade gratuita. Somos a limpeza constante do que nos suja a alma e escurece o coração, ou a manutenção determinada do que nos faz sentir mal, achando que nos devemos ficar no que já conhecemos. Somos verdadeiramente pobres quando incapazes de doar o que nunca nos fará falta, ao invés deixará mais puros e disponíveis para que o bem nos invada. Somos de uma riqueza extrema quando oferecemos sorrisos, toques que tranquilizam o outro e toda a energia que sopramos, mas que também nos restaura.
O mundo é um lugar extraordinário e é povoado por uns quantos que nos acrescentam e por outros tantos que nos certificam de que nunca os desejaremos igualar ou seguir. A nossa missão já foi escolhida, mas terá que ser reconhecida e aceite, de contrário nada nem ninguém nos conseguirá valer nos momentos difíceis.
Somos bem mais fortes quando nos distanciamos da injustiça e da escuridão, no entanto tivemos que as sentir para mudar o que apenas nos levaria pelo caminho errado. Somos bem mais bonitos quando permitimos que a paz nos invada e alimente os que eventualmente se cansarão de remar ao contrário. Somos, hoje, tudo o que decidimos guardar e seremos, amanhã, tudo o que não formos capazes de limpar. Que nessa altura algo ou alguém nos proteja de nós.
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