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Não tenho paciência para o vitimismo instalado, nem para as doses exageradas de impossibilidades emocionais, nas quais se culpa até o chão que é torto e que por isso impede de dançar!
No geral tivemos uma educação baseada na culpa, na cobrança e nas expectativas, muitas delas impossíveis de alimentar, que nos forçavam a escolher caminhos diametralmente opostos aos que seriam certos. Mas cabe-nos fazer escolhas, escolhendo-nos em primeiro lugar. É da nossa inteira responsabilidade ter a sensibilidade necessária para nos colocarmos no lugar que nos fará sentido, porque apenas assim seremos suficientemente fortes. Precisamos de saber quem somos, para que os revezes do mundo e dos que andam por aqui apenas a destabilizar, não nos destabilizem. É de extrema urgência que saibamos de que forma curar as dores internas, exteriorizando-as e fazendo a catarse do que nos poderia adoecer.
Não tenho respostas para dar aos que nem sabem fazer perguntas, não as certas e não sobre o que me interessa. Não concebo uma vida baseada no que acreditam ouvir sobre mim, quando o que digo não é de todo semelhante. Não vou apenas porque me pedem ou mandam, vou se me fizer bem, mas rapidamente volto se deixar de o fazer. Não sei o que esperar deste novo modelo de mundo, mas sei que não preciso de me encaixar, seguindo cegamente tudo aquilo em que não acredito, simplesmente porque não tenho paciência para o vitimismo.
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