Falar contigo não sabe ao mesmo, não quanto ter-te e abraçar-te naqueles abraços que não parecem terminar. Falar contigo não sabe a cada um dos beijos que te dou com toda a minha alma. Falar contigo sossega-me, mas não arranca o desespero de me saber demasiado longe, porque longe será sempre não te poder tocar.
Sinto a tua falta até quando estás comigo, talvez porque antecipe a tua ida e porque mesmo que saiba que voltas, nunca me bastas e nunca me sacias. Sinto a tua falta quando estou em ti, porque eventualmente terei que sair e deixar de sentir a pele que arrepia a minha. Sinto a tua falta quando falas comigo e oiço tão pouco, mas vejo cada esgar e sorriso. Sinto a tua falta até quando sonho com cada um dos dias que já tivemos e sei que saberemos repetir. Sinto sempre a tua falta mesmo quando pareço demasiado ocupado para pensar em ti, mas a verdade é que penso sempre, porque te recusas a sair de onde te mantenho viva e comigo.
Julguei que era mais forte. Julguei que já sabia o suficiente e controlava tudo. Julguei que me bastaria saber que me pertences, para sossegar. Julguei que o nosso lugar permaneceria intocável e seguro, mas afinal sei muito pouco, sobretudo pouco sobre o amor e a necessidade em que nos envolve a pessoa que amamos. Julguei que teria tudo, até o controlo que afinal não possuo e é por isso que sinto sempre a tua falta.
Estou a sentir a tua falta agora, mas a imaginar-te quando chegares, porque hoje vou finalmente voltar a ter-te!
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