Todos os dias, a cada minuto ou segundo das nossas vidas, somos levados a decidir e a fazer escolhas que poderão mudar tudo à nossa volta!
A pressão para que se saiba todas as respostas de imediato, na ponta da língua, a urgência do ontem para tudo; A incapacidade, por vezes, de apenas se dormir sobre o assunto, esperando pelo que até é passível de ser feito com tempo, torna-nos nervosos, inseguros, com medo de falhar, de não estar à altura e de arriscar demasiado. Estamos a viver à pressa, a querer TUDO resolvido no mesmo instante, tendo os lugares definidos, as relações com nomes e as emoções catalogadas. Parece que já não sabemos, ou talvez tenhamos desaprendido, viver no dia, a usufruir do que chegar, inalando profundamente as emoções que nos oferecem e apenas esperando pelo momento certo, porque ele existe. Que bom que seria termos partes de nós que estivessem protegidas, escudadas desta azáfama diária e que o nosso lugar interior nos mantivesse acima do nível da água, quietos, se fosse essa a nossa vontade, ou em movimento, se quiséssemos realmente ir a algum lado. Que bom que seria, para as novas relações, que ninguém tivesse medo das decisões, que as pudesse tomar com o tempo que bastasse a cada um e que não fosse penalizado em nenhuma das circunstâncias.
Decidir rapidamente é cada vez mais sinónimo de uma capacidade acima da média, de uma aparente segurança, que é falsa e camuflada, porque pode ser envolta em riscos iminentes e irremediáveis na maioria das vezes, mas é inevitável esta sensação, que será comum a muitos, sim, porque teremos os que nunca se decidirão a fazer porra nenhuma, de que não temos tempo nem mesmo para nos decidirmos a pensar. Se for para decidir, então que seja connosco dentro e em consciência, porque as possibilidades de falhar passarão a ser muito mais reduzidas.
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