4.8.22

O que faço aqui?



O que faço aqui? Esta era a minha pergunta de um milhão de dólares, mas percebo que já a respondi quando me deixei invadir por uma energia que passou a restaurar-me a cada acordar. Nada se tornou mais fácil ou iluminado, mas o TUDO passou a ter outra classificação. Ter e ser TUDO começa bem dentro e nunca passará por conquistas materiais, porque essas a acontecerem, não serão a minha "companhia" nas inevitáveis noites de solidão, aquelas em que todos os meus estarão a viver as suas vidas e a serem quem tanto antecipei. O TUDO será tão somente o que fiz por ser enquanto não me ocupava do insignificante e me focava em "mobilar a minha velhice". O TUDO é o que consigo criar quando deixo sair por cada poro o que me move e adorna o olhar. O TUDO são as lembranças, as viagens em mim mesma, as certezas quanto ao que sou para quem de mim precisa e até as dúvidas que trabalho para que se dissipem.

O que faço aqui? Conheço-me para conhecer melhor os caminhos que ainda preciso de percorrer, preocupando-me verdadeiramente com o que vou deixar, porque inevitavelmente deixarei algo a alguém. Curo-me das dores e reforço as defesas. Protejo-me do que me afasta, deliberadamente ou não, dos meus meus objetivos. Tento apenas ser feliz espalhando o que vale mesmo a pena e respeito-me.
O que faço aqui? Vivo a vida que me coube e agradeço até pelas pedras. Sou sempre eu, mesmo que não de igual forma para todos, porque não terão a mesma importância, mas a cada dia na minha melhor versão

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