Não sei tudo, não ainda e certamente que não no tempo que me foi concedido aqui. Não sei do que sabem, pensam e planeiam os outros, mas não me cabe sabê-lo e é isso mesmo que me deixa mais leve. Não sei amar aos pedaços, quando me dá jeito, ou a ser a única pessoa que importa na equação. Não sei sonhar por etapas, sonho com o cenário todo, completando-o à medida que saio dos sonos e passo para a realidade. Não me quebram com facilidade, mas estilhaçam-me em pedaços que depois não consigo voltar a juntar e é então que percebo o quanto percebo pouco da natureza humana.
Quando me atrever a pedir o que não me sentir capaz de fazer, então aí e apenas aí, permitirei que me cobrem. Até novas instruções, vou dando sempre muito, não em demasia, apenas na forma e formatos que me identificam, mas por vezes o meu muito saberá ao tudo que o outro jamais terá como devolver, retraindo-o e mandando-o de volta para o lugar de segurança que conhece. Também sei o que faço para não me deixar mal, até e sobretudo quando invisto nas escolhas erradas, mas apenas porque sei que depois delas dificilmente voltarei a errar. Nunca me amargo, escurecendo a alma que viajará sempre comigo, não importa o corpo, o tempo ou o lugar, ao invés clareio tudo à minha volta e deixo seguir quem nunca deveria ter ficado.
Não sei tudo, mas sei o que me deixa de sorriso nos lábios e capaz de voltar ao início, não importa quantas vezes, porque em cada uma serei bem melhor!
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