Tanto que se fala do amor e tanto que ainda se deixa por falar. Nada nos força a maior entrega, determinação e capacidade de reajustar rotas há muito definidas. Nada nos prova que sabemos tão pouco e que assim continuaremos se nos impedirmos de ver o óbvio. Nada, para além de nós mesmos, tem a importância que o amor carrega. Ele cura doenças terminais. Traz de volta almas perdidas, quando, por qualquer efeito da vida, se viram longe de quem amam. Nada é mais registado e documentado, sendo a antítese de tudo o que existe por aqui e que não basta se não amarmos e formos amados.
Vou continuar a falar do amor, porque tenho sempre um pouco mais para dizer e porque sei que provoco as sensações que muitos perderam, ou desistiram de procurar. Quero ter o amor que me faz falta e sei que ele vai chegar pelas mãos de quem já sabe que existo, mas ainda não me conseguiu encontrar. Quero ter o sabor que o amor provoca, uma e outra vez, enquanto o meu não se instala e me sossega a procura tranquila, mas premente. Quero que do outro lado de mim venha quem saiba tanto quanto fiz por aprender. Quero um homem grande o bastante para não medir forças comigo e não receando o que tenho, porque apenas lhe estarei a acrescentar o que já é. Um homem que me mantenha tranquila por saber que me pertence e não precisa de continuar a procurar. Vou continuar a falar do amor até que os mais céticos troquem o que não sabem sentir pelo óbvio.
Se tanto se fala e escreve sobre o amor, não deveríamos saber já o que significa?
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