Ela, como a vejo e sinto quando a toco. Ela que me testa a cada palavra e que se sente testada de cada vez que a bombardeio com as perguntas que me serenam a mente. Ela que passou a ser a melhor parte de mim, mas que também ativa as piores, provocando-me uma insanidade temporária. Ela que tudo parece saber, mas que sabe tão pouco de mim e do que pretendo dela. Ela que me reajusta as rotas e pinta o céu com as estrelas que nos iluminam. Ela, porque nenhuma outra poderia ser, não neste ponto e momento. Ela, para que reaprenda a amar.
Não sei de que forma esbarrei em quem me barrou a vontade de permanecer sozinho e sem rumo definido. Ainda estou a tentar perceber quem é e de onde veio para que chegasse até a mim. Tenho-me dado sem demasiados medos, mas completamente aterrado perante a possibilidade de não ser o suficiente. Sou uma versão mais moderada, mas igualmente cheia de tudo o que acumulei e quase me levou de quem me reconheceu e aceitou. Não sei ao que me saberia um novo sabor e já não o procuro, mas acabei por saber que me sabe a tudo o que ainda não tinha provado.
Ela que me ama sem qualquer esforço, fazendo apenas o que diz sentir e dizendo-o sem que me caibam dúvidas ou questões existenciais. Ela que ME enche duma voz que entra corpo dentro até que deixe de ouvir o que antes me soava a normal. Ela a quem devo um caminho novo e o repavimentar de tantos quantos já pisei. Ela a quem já aprendi a amar!
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