Tem alguma fé em mim!



Quando a escuridão se instalou, logo após um sol luminoso e quente, nunca deixei de ter fé. Sempre que o amor não chegou, mesmo que me tivesse rondado, sobretudo nos sonhos, mantive a fé em mim. De cada vez que fui forçada a fugir do que me pareceu ser o dia certo e o momento em que seria a pessoa escolhida, não deixei que a minha fé no amor se despedaçasse.

Não somos feitos apenas de certezas, mas existem umas quantas inegociáveis. Não sabemos tudo, até quando achamos que já pisámos os mesmos caminhos e fizemos o que era suposto para que nos vissem. Não temos varinhas mágicas, não no que ao amor diz respeito e jamais seremos capazes de arrancar vontades de quem não as tiver. Não seremos sempre a pessoa que a nossa pessoa deseja, mas deveríamos ser a que soltariam se nada tivessem para oferecer.

A minha fé tem crescido perante tudo o que já sei não dominar. Sei, agora com mais convicção, que as segundas chances nos salvarão de arrependimentos, mas no que diz respeito às terceiras ou às que "oferecemos" até quando já mais nenhum tempo nos restar, apenas servirão para derrubar a fé que tanto custa a juntar. 

Não pretendo desistir do que sei que me está reservado, mesmo que ainda tenha que fazer o caminho do carvão em brasa. Não me despeço logo após a um "olá" renovado, mas renovo os cumprimentos e as pessoas a quem os dirijo. Não fico se ir me salvar e é a essa fé que me agarro para não voltar a cair. Afinal não sou apenas eu comigo, foi o que a minha fé na vida me ensinou e é com ela que viajarei até ao dia em que já puder regressar, e ficar.

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