E se?



Como seria uma relação sem os "ses" que me vergaram? Para onde poderia verdadeiramente olhar, sem receio do que pudesse ver e sendo olhada em todo o processo? Ao que me saberiam os beijos nos quais tivesse mesmo sido beijada, eu, por mim e comigo em cada um?

Saber quem sou, o que quero e preciso, nem sempre se afigura fácil para os que comigo se cruzam, talvez porque não entendam o quanto demorei até chegar "aqui". Saber o que tenho que repetir, até à exaustão se necessário for, torna-me mais segura e confiante, afinal de contas já são uns quantos anos a cuidar do que tenho dentro. Saber que nunca saberei tudo o que move os outros, ao invés de me derrotar, afasta-me das energias que não me servem e que fariam de mim alguém que não serviria aos seus.

Como teria sido a relação na qual me entreguei, como sempre faço, se tivesse existido o mínimo para ser considerada e que palavras teria ouvido, se me tivessem sido dirigidas?

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