E se?



Se não te tiver, sabes bem que viverei sem ti. Se não estiveres, já sabes que estarei sempre onde preciso de estar, definindo o que me importa e importando-me apenas com o que me define. Se não me souberes amar, não te irei pedir, nunca to irei pedir. Se o teu muito me souber a nada, baterei em retirada e seguirei, pela minha estrada, até encontrar quem tenha o que me acrescente e melhore.

Tenho, agora bem mais do que antes, a vontade e o desejo expresso de encher corpo e alma com o que o mundo armazenou para mim. Vou sem pressa de voltar e fico, sempre, se ficar me sossegar o coração acelerado. Respiro e aspiro cheiros novos, renovando-me por dentro. Carrego apenas o que não me pesa demasiado e liberto, sem qualquer receio ou dúvida, o que não me serve. Sei bem o que mereço e é para isso que vivo, revivendo o que me trouxe até aqui, a esta mulher que vi crescer e amadurecer.

Se não te tenho já é porque não me pertences. Se não conseguiste vir, talvez tenha sido por saberes que me manteria apenas onde precisava de estar. Se não tiveste forma de me amar, entendeste, bem à primeira, que nunca to iria pedir e bateste em retirada, deixando-me no mesmo lugar em que me encontraste, para que fosse verdadeiramente vista. Se o teu muito nem para ti foi suficiente, acredito que escolheste acreditar que bastaria por algum tempo e parcos momentos, mas que seguramente levariam a que me perdesses. Se não fossemos o resultado de tantos "ses", seríamos nós, eu e tu.

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