Vá lá, mais um esforço, mais uma braçada e tudo valerá a pena no final, sou eu que garanto!
Empurro, motivo e faço acontecer, mas tens que reconhecer que uma relação serão sempre duas pessoas, no mínimo e porque advogo a monogamia. Não vou ser eu a liderar a cada momento, também mereço o descanso do guerreiro, mereço ser olhada e vista, por ti a quem escolhi. Mereço que me desejes, ames e queiras ver no teu amanhã. Não fui eu que escolhi, não me perguntaram se deveria continuar a amar pelos dois, perdoando-te as incapacidades naturais. Ninguém me perguntou se estaria disposta a adormecer e a acordar sem que te pudesse tocar, sentir, sem que o teu cheiro se me entranhasse, não por estares em mim, mas por o ter retido com medo de que te sumisses, do meu pensamento, da minha pele, da minha alma.
Bastariam umas quantas palavras, as que eu nunca receio usar, porque de mim terás sempre mais do mesmo, o que sou, inteira, admitindo as minhas fraquezas, mas provando, se preciso for, que a minha força terá como afastar as nuvens mais cinzentas, para que eu prosseguisse ou ficasse por aqui, mas tu manténs-te, confortavelmente, em cima do muro à espera de que não desista e que te dê o tempo que te arriscas a perder, confiando que o que sinto perdurará.
Vou ser crua e dura hoje, não porque me sinta magoada, mas porque estou a ser vencida pelo cansaço. És pequeno e egoísta. Não tens espaço para me querer com a intensidade que exijo, porque te perdeste por aí algures nessa mágoa que insistes em manter contra o mundo. Estás a gastar o nosso precioso tempo e a empurrar para uma outra vida o teu crescimento e a força que por esta altura já deverias ter construído, mas não te iludas por favor, porque um dia destes eu acordo, sorrio-me e caminho sem olhar para trás e esse dia até poderá ser hoje!
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