A vida oferece-nos lições valiosas e uma delas é que ninguém se vai levantar de manhã, mesmo que cedo, para mexer um dedo que seja por nós e para nos fazer chegar o que esperamos!
Quando quero alguma coisa por mais cansativo e trabalhoso que possa ser, faço-o eu, porque sei do que sou capaz e porque nunca pretendo deixar-me mal. A mim e apenas a mim, caberão as recriminações se falhar, mas certamente que terei mais possibilidades de êxito se tomar a responsabilidade nas mãos. É um facto que por norma corre tudo sempre melhor quando somos nós a fazer, mas a realidade é que se torna solitário, e é até um pouco triste, não sentir empenho da parte dos outros, mesmo que os louros possam ser partilhados. Quantas vezes não abraço projectos que até poderiam ser a 4 mãos, mas depois acabo a desistir, porque nunca existe o mesmo entusiasmo ou paixão?
Sempre ouvi dizer, repetidamente, ao longo da minha vida, que a querer que seja bem feito, deveria ser eu a fazê-lo, mas e o tal do sentimento de colectivo, de partilha e de colaboração? Pois, nem sempre funciona, ou quando muito, poderemos delegar algumas actividades, supervisionando o resultado. Esta é, claro, a minha experiência em tudo o que faço e já fiz, porque até hoje, e ainda continuo à espera, confiante, nunca me cruzei com quem amasse, TANTO o que consegue produzir, que tenha um prazer, imediato de cada coisa, por mais pequena e quase invisível.
Sou uma solitária, mas também sei trabalhar em equipa, o que não consigo, recuso, e recusar-me-ei sempre a fazer, é a engolir sem mastigar, é a provar sem saborear, por que isso e no trabalho mais do que em tudo o resto, impedir-me-ia de levantar de manhã.
Sou perfeccionista, não das que exageram, mas das que sabem que o que for bem feito, não precisará de ser repetido!
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