Sei sempre por onde começar e o que fazer para que o importante fique realmente feito. Sei o que sou e como me quero manter para os que amo. Sei que não me consigo desviar dos que de mim precisam e por onde ir para que usufruam do que tenho. Sei da importância de estarmos perto, tão perto quanto nos "gritarem", mesmo que em sons mudos. Sei sempre como me dar, mesmo que vão indo demasiadas partes de mim, porque sei que acabarão a voltar umas quantas.
Quando penso que vou desistir e começar a olhar para dentro, largando quem parece não me acrescentar mais nada, percebo que não é possível e que todos importam de alguma forma. Cada um que passa por nós deixa o que nos fazia falta, até mesmo as dores. Quando me atrevo a ver a humanidade de que sou feita, penso que não estou pronta e que estou a passar demasiado esquecendo-me de mim, mas a verdade é que apenas nos dão o que conseguimos aguentar, por isso embora lá, mais um bocadinho...
Estarmos uns para os outros, querendo que tudo seja distribuído de igual forma, concertando o que até poderemos ter sido nós a quebrar, faz com que se saiba que parar NÃO é opção e que o que carregamos nesta vida deverá ser cumprido até ao seu final, até porque não vamos querer carregar nada para a próxima.
Nem sempre as forças estarão do nosso lado, a comandarem-nos nas batalhas que travamos a cada segundo. Nem sempre encontramos razão, ou racionalidade no que nos surge. Nem sempre conseguimos ser apenas da forma que nos deixaria mais soltos e felizes, mas sabemos que de uma forma ou de outra, o lugar que nos estava destinado virá.
Sei sempre que se me mantiver fiel ao que sou, nunca me defraudando e olhando para onde me esperam, subirei mais uns quantos degraus. Sei que se estiver para ti hoje, amanhã acabarei por te ter de volta!
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