Não te posso pedir que estejas aqui quando preciso, não fisicamente, não com o toque que todo o meu corpo reclama, mas estás bem mais perto que muitos e por vezes quase que te consigo ver sorrir, talvez porque sorria eu de cada vez que penso em ti. Não te posso pedir que me afagues os cabelos e me beijes a face, enquanto me entrego, inteira, sem reservas e sem precisar do que precisam os outros, apenas de ti. Não te posso pedir que me ames mais, apenas o bastante, tal como já fazes agora e que te mantenhas assim, a querer o que quero de ti e de mim.
A distância que me convinha era aquela em que estarias sempre e todos os dias, apenas para mim e comigo, desejando da forma mais egoísta que reconheço, que fosses apenas meu. A distância que deveria ser permitida entre nós, não é certamente a que temos hoje, mas já nos aproximámos mais, bem mais. A distância a que estou de saber quem és e porque te quis toda a minha vida, já foi bem mais longa do que é hoje. A minha distância nem sempre é igual à tua, porque nos sentimos de forma diferente, tal como não desesperamos, felizmente, nos mesmos dias. A distância a que eu precisava de estar de ti neste preciso momento, era a que me permitisse cheirar-te, tocar-te, beijar-te e amar-te como eu tão bem sei fazer.
Já estivemos TÃO longe, tanto que até desisti de pensar em ti. Tanto que achei que nunca mais te veria. Tanto que até afastei as memórias, as que criámos todos, quando éramos muitos, bons, felizes, e disponíveis.
Não me importa demasiado a que distância estás agora, penso que são pelo menos 6,000 quilómetros, MAS o que me importa mesmo é a que distância te sinto e essa é bem menor, garanto!
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