14.5.16

Não importa...

Feelme/Não importa...


Não importa quem perdeste, o que passou a ser menos, pior, ausente, o bastante para te manter longe, de ti, porque o que importa, mesmo, é que não te percas do que vieste fazer!

Gostava de te poder dizer, com toda a serenidade que o teu amor me trouxe, que serás, sempre, demasiado importante para mim, e que terás, de mim e por mim, o que vivemos, juntos, mesmo que não o bastante. Gostava de te poder tocar, mais uma vez, de te olhar, com os olhos que conhecem os teus, mas sem lágrimas, apenas num calar tranquilo, para me recordar do que me recordava de ti. Gostava de conseguir perceber porque te quis tanto e mesmo assim te deixei ir.

Não importa, não agora, que não tenhamos conseguido seguir, prosseguindo com o que pensámos ser o bastante, usando os motivos que faziam tudo o resto ser, certo, seguro, e inevitável. Não importa, não para mim, e certamente que já não para ti, que sejamos incapazes de nos continuar a amar, porque nos amaremos sempre, da única forma possível, com um formato que talvez ninguém consiga entender, mas que para nós e connosco será o que se encaixa. Não importa que não me consigas ler, que as minhas palavras já não falem do que falava, tantas vezes, por ti. Não importa que afinal nunca me tivesses conhecido, porque já não precisarás de o fazer. Não importa que eu tenha desistido, da dor que a tua dor me infligia, porque teria que parar, tu terias que sair da parte de mim que não controlava.

Eu sei que ficarás, de alguma forma, comigo, com o que levarei para dias novos, com um outro no horizonte. Já não nos sentimos, nem ouvimos. Já não falamos, horas a fio, do tudo, e do nada de que era feito o nosso amor. Parei de sonhar contigo, de acordar e adormecer a querer o que nunca foste capaz de querer. Roubei, memórias, desejos, e sonhos. Roubei-me, a mim mesma a capacidade de continuar, mesmo que derrubada, mas sei que teria que ser assim. Sei que depois de ti, teria que haver mais, melhor, meu, para mim.

Não importa, não agora, porque já desisti, e porque desta vez já não dói.

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