Quando percebes que não bastará que te sigam pelo sangue, que partilhem o mesmo ADN e que sejam, aparentemente, da tua forma para serem como tu, acabas a parar de sofrer!
Não bastará que venham dos mesmos lugares, tendo as mesmas almas na retaguarda, para que queiram o melhor de ti, e para que se inibam de usar o egoísmo para te deixarem brilhar. Não bastará que os saibas amar, porque nem sempre serão capazes de o fazer, numa incapacidade que não te poderá magoar, não sempre e para sempre. Não bastará que constem do teu B.I. e que te tenham revolucionado a chegada, se não se importam, nunca se importarão.
Aceita, entende, perdoa e segue, contigo e por ti, construindo-te, a cada dia, de forma diferente, para que possas ser, TU, diferente.
Olha, com respeito, e condescendência, para os que vieram, a esta vida, mas que ainda terão que voltar, para corrigirem, e aprenderem.
Entende-os, entendendo o que precisas, e acredita que precisas de muito pouco se te tiveres.
Leva-te e lava-te, do que tiver ameaçado magoar-te, deixando-te numa sensação de solidão que te faz encolher desesperada.
Não bastará, nunca, e por si só, que te tenham carregado, mesmo que num colo imaginário, porque o que somos, o que fizemos de nós, influenciará o que conseguiremos dar aos outros.
Se não puderes mudar, entende. Se não puderes ajudar, aceita, e se não conseguires que te amem como precisavas, perdoa, e ama a dobrar cada pedaço de todos os pedaços que conseguiste construir.
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