Saber perdoar também é um acto de amor. O perdão, sobretudo o nosso, é um exercício nada fácil e que leva algum tempo a concretizar. A tendência será, quase sempre, a de não nos perdoarmos os erros, as distracções e a incapacidade de ler sinais. O perdão implica aceitarmos que não nos conduzimos de forma coerente e que facilitámos ao ponto de nos estatelarmos no chão, mas quem é que nunca cai? Quem é que nunca erra? Quem é que nunca acredita que sabe o que faz e que se conhece o bastante para não errar?
Apenas o tempo nos poderá serenar a alma e com ela virá o perdão natural, o "nunca mais", ou o "para a próxima", também são estágios naturais, mas rapidamente, mais para os que não usam de mágoas para magoar, serenamos o bastante para perdoarmos o mundo por não ser perfeito e nós como ele. Saber perdoar quem não nos soube amar à nossa maneira, porque certamente o terá feito da sua. Saber perdoar a falta de entrega, ou a entrega em demasia. Saber perdoar a indiferença que se instala mal nos sentimos desconfortáveis. Saber perdoar, porque nem sempre se sabe.
Estou pronta para me perdoar de cada vez que erro, não é imediato, preciso sempre de rever cada passo e de analisar para não me repetir, mas perdoo-me porque preciso de continuar a viver. A ti, tu, tu e ainda tu, quem quer que sejas e já tenhas passado pela minha vida, também te perdoo por não me saberes perdoar!
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