9.9.16

Não me sabes ler!

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Queres-me porque sim. Decides porque consideras que o podes fazer e achas que deveria estar agradecida, recebendo-te mesmo que não tenhas nada do que espero. Que audácia a minha por poder considerar que sozinha estou melhor, mas quem julgo que sou?

Não estou, com toda a certeza, na chamada sociedade de consumo rápido, onde tudo deve chegar como um clique no teclado, um olhar, um largar de palavras tantas vezes sem sentido, sem que se respeite e tente satisfazer os desejos que cada um se atreve a mostrar. Nada contra o que desejas. Nada a opinar sobre a forma como vives a tua vida, mas já é meu por direito dizer-te que não me conheces e que não sabes nada de mim. Arrepio-me sempre e de cada vez que percebo que ninguém faz nada para se acertar com o outro, que o egoísmo prevalece e egoísta é quem me larga palavras ocas sobre relacionamentos, necessidades e as capacidades que terei e que assentarão como uma luva no que esperam. A propósito e eu, se é que posso atrever-me a perguntar, onde é que fico no meio de tudo isso?

Sou a mulher das palavras, certo? Não me parece que haja nisso alguma dúvida. Sou uma mulher intensa que sabe o que quer, que dá valor às emoções, à razão, à maturidade e à capacidade que um homem poderá ter de se ver para além de si mesmo. Não me interessa absolutamente nada que sejam seguros consigo, que tenham estatuto, vida própria, segurança financeira, nada, mas nada se acertará comigo se não me acertar também, se não sentir que me poderão preencher e encher do que já me obrigo a fazer a cada dia.

Bem, devaneios à parte, apenas preciso de reafirmar que não quero e não preciso de alguém que tenha de palmilhar muitos quilómetros para me tentar convencer de tudo aquilo em que não acredito e que nem sequer aceito. JURO que me tenho esforçado para não parecer mais arrogante do que aparentemente pareço, para não dar a entender que entendo de tudo, mas a verdade é que me estou positivamente a lixar para o que pensarem sobre mim e para os que acreditem ter a receita para a minha felicidade.

Não me sabes ler, porque se soubesses perceberias que mais do que aquilo que digo, o que importa mesmo é o que sinto e passo.

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