Há um tempo, mesmo que não esteja definido por minutos ou horas, mas há um tempo para conhecermos quem está do nosso lado, quem usou o que sabia e tinha para nos manter depois da escolha, mesmo sem planear. Temos que conhecer quem amamos, nós mais do que todos os outros, precisamos de saber quem temos, de que forma e porquê. Temos que conhecer quem nos toca. Quem tem o corpo que se envolve no nosso. A pessoa que se tornará a mais importante, desde que a consigamos ver assim. A quem precisamos de saber ler até quando não fala, mesmo quando não nos abraça, porque nos abraços vão todos os sentimentos e não há como os dissimular. Temos o dever de conhecer quem nos dá e quem revolve o seu mundo inteiro, para receber o nosso.
Nem sempre entendemos do que fala o outro, porque nos sente como nos fazer sentir e o que armazenou para que pudéssemos estar onde nos encontramos ambos. Nem sempre gastamos o tempo que deveríamos para saber o que teve que mudar, do que abdicou e o que está pronta para mudar, apenas para que possam mudar os dois, de estatuto, de ânimo e até de sonhos.
Temos que conhecer quem nos parece ser a pessoa certa, porque a ser a errada talvez não queiramos estar certos. Não por uma vez, não desta vez...
Há um tempo acredita. Não temos todo o tempo do mundo para mantermos a querer quem pareceu ter o que lhe serviria quando nos escolheu. Há um tempo para passarmos a ser apenas nós, para o outro. Há um tempo para nos decidirmos a aceitar ficar ou a partir.
Temos que conhecer quem nos chega, assim como nos conhecemos a nós mesmos, porque de outra forma nunca fará sentido nem seremos bem-sucedidos!
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