Ai o amor, o amor não se implora, não se pede, não se espera...
Foi o que li num texto partilhado e cada vez acredito mais nisso. O amor ou chega, no tempo em que se precisa, ou é dado, de vontade, desejando o outro e apenas querendo ser desejado, ou não adianta, nem pedir, nem esperar, desesperando.
Nada pode ser mais fácil do que desejar outra pessoa, do que a querer na nossa vida, para nos encher de sentimentos que se intensificam e que crescem como crescemos nós. Sempre que alguém cruza o nosso caminho, começar de novo passa a ser um desafio. Reencontramos traços que perdemos, algures, em dores antigas, e que até nos poderão ter deixados adormecidos, mas que de repente como que por magia, despertam-nos e recordam-nos que sentir assim sempre será bom e que se já o foi antes, poderá muito bem voltar a ser.
O amor é apenas o motor de arranque, uma vez começando o carro a mover-se, tudo o resto fará o que é suposto, levando-nos até onde o nosso combustível o permitir. O amor permite-nos sonhar, e sonhar pode ser grande, dando-nos poderes, asas, corpos prontos e olhares que nunca mais se desviam.
Não me vou deixar levar por amores que me possam corroer e por sentimentos que alguns temem reavivar, com medo de serem felizes. Não vou fugir da sensação de vulnerabilidade, porque ela apenas me lembra que estou viva e que também posso ser frágil. Não vou impedir-me de sentir o que me faz mover a velocidades certas, porque parada sou apenas eu e sozinha não sirvo. Não vou deixar de olhar em frente, porque algures, do nada, pode surgir quem me consiga ver.
Eu não vou implorar amor, nem pedir que me sintam, que aprendam como me tocar, ou como me mover, porque se me amarem realmente, saberão!
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