Sei correr do que me faz mal, do passado que já ficou bem lá atrás e do qual correrei para que não volte!
Correr para ti também já o fiz. De ti, quando foi preciso, correndo de volta a mim quando percebi que o mundo continuaria a girar bem depressa, à velocidade de cada decisão que precisarmos de tomar e nada nem ninguém se irá compadecer dos atrasos.
Tudo tem o seu tempo, parece cliché, frase feita, mas é verdade e somos nós os principais responsáveis para que se prolongue ou para que se pare com o que não serve. Já o fiz no meu tempo, quando entendi cada palavra que não foi dita, as intenções de quem não tinha nenhumas e a falta de vontade, até para dizer não. Não adianta fugir de nada, porque não seremos capazes de continuar se nos pararem antes e se nos forçarem a olhar com atenção e a entender.
Sei correr, mas quero que os dias comecem e terminem como os vejo agora, a cuidar de mim, a ser cuidada, entendida, admirada, possuída, tocada, tudo e tudo a que tenho direito e que me mantenha aqui, como o faço para me limpar e manter a forma. Quero correr, mas parada, a olhar-te, a ti que não corres de mim, mas para mim. Quero estar do teu lado certo. Quero que apenas me digas o que te sair de dentro, naturalmente, sem forçar, sem me quereres comprar e sem achares que serei igual, todos os dias. Quero que entendas, de uma vez por todas, que mesmo que me magoe, saberei sempre como me curar, como me sarar por dentro, tirando o que não presta e correndo do que não servir.
Queres saber onde ficou o meu passado, aquele que não tive forma de segurar? No pedaço de coração que reservo aos que falharam!
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