Lamento que não sejas e que não estejas no mesmo formato. Lamento não conseguires dar-me como preciso e
quero. Lamento não te ter e saber que não serás mais do que foste antes e que
não virás, Lamento que não
sejas, mas deixou de me bastar!
Querer-te, assim, tanto, esperar-te,
ver-te, sentir o que és, mas não tens como passar, fez-me baixar os braços,
olhar em frente e seguir.
Lamento que não estejas, hoje, tal como
não estiveste ontem. Lamento que não sejas ainda tu, que não me pertenças e que
não me reconheças.
Não vou lutar, não quero, só o faria se me
tivesses olhado e visto. Quando percebi que não te mudava nada, que a minha
presença não te compunha o futuro, deixei que seguisses e que deixasses
de estar no meu presente. O que tens para mim não é o bastante. Se eu o
soubesse antes, se te tivesse entendido, lido, não estaria agora a lamentar que
o teu suficiente não me chegue.
Dizem que temos que viver, que passar por
pontes sem água por baixo e em lugares remotos. Dizem que atraímos quem
precisamos no momento, para que nos ensinem percursos que não considerámos
antes. Dizem que o sofrimento faz crescer e que nos alargam os horizontes.
Pronto, que seja. Não vou sequer dar-me ao trabalho de pensar de forma
diferente, já gastei demasiado do meu tempo a tentar aprender alguma coisa, por
isso espero mesmo que o tenha feito.
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