Seres únicos, é verdade, somos todos e sabemos, cada um à sua maneira, como fazer acontecer o que certamente fará falta a alguém. Ninguém se parece o bastante para ser realmente, parecido, é por isso que temos a nossa individualidade e devemos mantê-la, até quando colidir com quem não conseguir saber de nós. Estamos nesta vida, um a um, com lugares que devemos percorrer, almas às quais deveremos tocar e vozes que apenas nós seremos capazes de ouvir. Alguns de nós, de tão únicos, nunca seremos verdadeiramente vistos e ouvidos, mas quando o percebemos, sobretudo pelas vãs tentativas de nos enquadrarmos, de conseguirmos entender o que desejam os outros e o que fazem para o terem, aceitamos e seguimos, continuamos e paramos de esperar.
Seres únicos, tenho conhecido uns quantos, deixando que me enriqueçam acrescentando-me o que ainda não tinha, ou simplesmente recuando de forma cautelosa por serem de uma dimensão que a minha não reconhece. Os seres únicos que chegam e nos mudam de imediato, têm uma luz própria e são esses que vou querer por perto, dando-lhes tudo o que me oferecem e que pode até nem parecer muito, porque nunca peço, mas espero receber.
Deixa-te ser único, mantém o que te diferenciar, mas não sejas tanto que ninguém consiga perceber quem és realmente, porque aí não servirás nem a ti próprio!
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