13.10.16

Tudo o que sempre quis!

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Feelme/Tudo o que sempre quis! Tema: Sentimentos!
Imagem retirada da internet


Tudo o que sempre quis, está na pessoa errada, no homem que não amo!

Incrível o poder dos desencontros, a forma como parecemos estar todos para quem não queremos e de o não sermos para quem nos quer. Chega a ser assustador de tão comum.

Ainda me vou espantando com a forma como me olham, como afirmam que me querem, que sou eu, a mulher que desejam e esperam ter na vida que fizeram acontecer. Deixo-me ir numa mistura de sonho e realidade, bloqueando o que sou para estar tranquila e ser capaz de responder, de argumentar porque não é fácil sair da história. Não é fácil dizer o que sou e o que espero, sem magoar, sem criar expectativas, porque eu sei do que falo e quando o meu coração não reage no primeiro impulso, muito dificilmente o voltará a fazer.

Incrível como o que sempre quis foste tu, mas não o és, não nesse corpo, não com as palavras que até chegaram a mim, não com um olhar que não me entra dentro, que não me arrepia a pele, mas com tudo o que queria ouvir, de uma outra boca que já não me beija como beijaste tu, porque o permiti, porque estava a precisar, porque me queria sentir viva, outra vez...

Eu e eu mesma falamos muito, e explicamos, uma à outra, que no amor não existe este tipo de concessões, que nos recusamos, ambas, a esperar para que ele cresça, para que não exija demasiado de nós, para que se vá instalando, enquanto nos deixamos adormecer, enquanto desistimos de tudo o que já sabemos existir. Eu, nós, já sentimos o mundo abanar, as cores transformarem-se, o sol romper para tão dentro que explodimos de felicidade, de desejo, e chegámos a ter a sensação de casa, de ser aqui, de ser quem esperávamos, de já não termos que procurar mais.

Tudo o que sempre quis, foi um homem que fosse capaz de dizer o que ouvi, gelada, abanando-me, sacudindo-me, talvez para que cedesse e percebesse que afinal poderá não vir como o esperava, não com o mesmo toque, mas para mim, para me dar o que preciso para me dar inteira, sem precisar de me esconder, mostrando como sou por fora e por dentro. Tudo o que sempre quis, já esteve bem de frente a mim e não pude evitar de sentir pena de me estar a matar por dentro quando poderia estar bem viva para alguém. Tudo o que sempre quis em ti, mas sem seres tu.

Talvez eu mudasse, mas somos duas, somos ambas obstinadas e quando amamos, é a dobrar, é com tudo, é para nos deixar a querer mais do que conseguimos encontrar, e torna-se difícil ceder a duas mulheres, no mesmo corpo, com uma alma só e com palavras que sempre acabam por justificar tudo.

Tudo o que sempre quis veio até a mim, mas não ficou, não teria como!

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