17.11.16

De volta ao mercado!

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De volta ao mercado! Já falei sobre isto antes, sobre este estado novo que ainda me deixa embaraçada e me faz sentir estranha e deslocada.

Deixei de me sentir protegida pelo estado civil, tinha "desculpa", na altura, para não olhar para outros homens, não necessitava de estar interessada e de querer que me quisessem.

Estar de novo no "mercado", ter que permitir que me olhem, cobicem, que me mandem piropos, me achem isto ou aquilo, torna-me insegura e já não tenho idade para o ser. Voltar atrás no tempo, procurar namorado, amigo, companheiro, o que quer que lhe chamem agora, não é de todo o que queria para mim. Queria já te ter sem precisar de te procurar, saber onde estás e chamar-te sempre que o meu corpo quisesse, saltar a fase do enamoramento e passar directamente para o "nós".

As conquistas dão trabalho, exigem atenção e tempo que não me apetece despender, queria já ser, estar do outro lado da relação. Queria sentar-me confortável no cadeirão e partilhar contigo o chocolate quente, os livros e os beijos. Queria querer-te e saber que me querias de volta, sem muitos quês nem porquês, porque eu não tenho por hábito deixar dúvidas. Queria que fosses capaz de me ver e de me sentir, sabendo que tudo o que fizer e disser é genuíno e carrega-me como sou. Queria poder mostrar-te ao mundo, descansando-me e libertando-me do "peso" que a sociedade coloca nas mulheres sem companheiro. Queria que fosses o meu cavaleiro andante, aquele que afasta os que me incomodam e me liberta para ter ainda mais de mim. Queria que fosses capaz de me manter a acreditar na humanidade, sentindo que a pessoa que nos cabe anda por "aqui".

Apetece-me por vezes gritar que não quero que me procurem. Que sou assim porque sim e que não preciso que que me bajulem, nem usem palavras deslocadas. Apetece-me conseguir explicar que não me apetece mais ninguém, até porque já encontrei quem me pertence. Apetecia-me apertar-te forte outra vez, para te recordar do que já tinhas e não quiseste manter.

Odeio estar de volta ao mercado!

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