É impressionante a quantidade de almas desemparceiradas que povoam o mundo. Quem me quer... bla bla bla. Mais do mesmo, até dói pensar que poderia estar com alguém que tem TUDO o que sempre pedi, mas não o consigo aceitar e receber. Há dias em que me sinto burra, porque até acabo a entender a mentalidade que existia no tempo dos nossos avós. Eles acreditavam que o amor se podia construir, crescendo com o tempo e por isso casavam-se, sabendo que a convivência, as partilhas e o saber do outro, viríamos acertar passos. Se ao menos eu conseguisse experimentar, quem sabe não te aceitava.
Dói-me saber que te faço sofrer, que não terei como te dar o que esperavas de mim.
Dói-me ver-te mal, a quereres que eu saia de ti à mesma velocidade que me fizeste entrar, mas sem sucesso e ainda com maus bocados para viver.
Dói-me sentir-me responsável pela infelicidade de outra pessoa, e incapaz de sarar a ferida que abri, mas estou de mãos e coração atados.
Perdoa-me se puderes. Estarei aqui sem nunca me silenciar, dando-te o que te vá atenuando mágoas, durante o tempo que precisares, até que me digas que estás pronto e que já voltaste a andar sozinho. Perdoa-me por não conseguir aceitar que o amor cresce, mesmo que não aconteça no início, é que eu preciso de muito, de tudo, para iniciar qualquer "viagem".Também eu estou "rasgada" por dentro, com raiva de mim, a sentir-me impotente e mesmo que isso não te ajude em nada, achei que precisavas de saber.
O que se passa afinal com o cupido, reformou-se ou anda a beber?
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