Há quem se cole, quem fique para nunca mais sair. A esses há que saber aceitar, deixando que nos passem o que mais ninguém saberá, permitindo-nos sentir a saudade, as lembranças boas e más e não lutando contra o que nunca teremos forma de vencer!
Há quem nos faça sentir que não teremos nada a perder e que por isso deveremos sorver a felicidade e as dores, tudo na mesma proporção, num cocktail explosivo, mas que não nos matará, porque apenas se morre quando não se viveu.
Vem, podes ficar, mesmo que para sempre. Eu deixo, já sei como se faz, como se bebe do antes e se continua para o depois. Vem que já não tenho qualquer medo de que ofusques os que ainda chegarão, nem que os impeças de serem eles mesmos, sem que eu os compare ou te compare.
Já aprendi a gostar tanto de tudo o que me deste, quanto de ti, como eras para mim e no que te tornaste. Já percebi que a forma como estás ainda em mim, se deveu ao que não houve tempo para acontecer, mas que consegui antecipar e por isso me ficou o sabor, agridoce, mascarado de um amor que nunca o foi, não para ti. Não tiveste o tempo que precisava eu para te provar que valeria a pena, que eu mudaria alguma coisa, que não me iria apenas instalar, sendo mais uma. Já não te culpo de nada, nem sequer me arrependo de nada, porque acabei a aceitar que não estivemos na hora certa e no momento que nos faria seguir em frente. Não fomos capazes de nos misturarmos, tanto, que se nos tentássemos soltar já não saberíamos por onde.
Há quem se cole, tal como o fizeste e venha para ficar. Nada a fazer!
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