Se fosse hoje, não te largava a boca. Seria eu a morder os teus lábios e a forçar os meus para que os sentisses bem, para que me sentisses a mim, e de que forma te desejo. Deixas-me com tanta vontade de estar aninhada a ti e de te ter. Deixas-me a perguntar porque me fazes tão bem. Deixas-me partida, pequena e sem rumo.
Tudo o que tivemos foi demasiado rápido e metade do tempo, desperdiçado por mim, a tentar procurar uma razão para continuar o meu percurso, sem apertos no corpo, sem te ter tatuado nas entranhas e a querer dar razão à vida, seguindo o que é "certo" e convencional. Não parece ter resultado e aqui estou eu, ainda.
Se fosse hoje dir-te-ia que não quero que saias mais e que preciso do teu tempo para o encaixar melhor no meu. Se fosse hoje e agora, o meu corpo falaria por mim e tu saberias, com toda a certeza, de que forma te quero realmente. Se fosse hoje, não teria deixado nada por dizer e de cada vez que te aproximasses, o meu corpo ficaria colado ao teu para que me sentisses arfar de prazer. Se fosse hoje não permitiria que a vergonha me levasse de cada um dos teus toques. Se fosse hoje as noites seriam bem mais longas e não fugiria de nenhum acordar, porque iria aninhar-me a ti até nos sentirmos um só. Se fosse hoje estarias aqui, deste lado da minha vida...
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