Sente-se? Eu acho que sim, sente-se sempre quando alguém chega para mudar tudo, para nos abanar e fazer pensar no que queremos realmente!
Porque será que no meio de tantas pessoas, todas e quantas se cruzam connosco, chegarão, cada uma de forma distinta, a mexerem nos nossos dias e a darem cor e movimento ao que julgávamos estar em controlo, definido? Será a química, serão os sons, as palavras, a forma como se movem, ao que cheiram, ou seremos nós e o que já esperávamos sem o saber?
Sente-se? Sim, eu sei porque já o tive assim, um sentimento tão forte e real que me fez duvidar até de mim, do que estava a chegar e onde iria parar. Eu sei que se sente a pessoa que importa. Sente-se porque só pode ser ela, naquela hora, para nos completar e para acrescentar o que sabíamos estar a a fazer falta.
Nada chega por acaso. Os encontros e os posteriores desencontros, sucedem-se à velocidade a que respiramos e sentimos. O que pedimos, tarde ou cedo acabará por chegar e o que vai importar, é a forma como iremos gerir cada novo olhar. Todos os sentimentos que inevitavelmente nos assolarão e até o tempo que sentiremos diminuir, porque quando queremos muito, ele nunca chega, nunca nos alimenta o bastante e nunca nos sossega.
O amor sente-se? Sabemos quem o trás e quando? Talvez devêssemos perguntar menos e sentir mais. Talvez o melhor mesmo fosse apenas ir usufruindo, não esperando pelo que não parecemos ter forma de controlar. Talvez não estejamos prontos quando eles surgir, mas se o sentimos, certamente que chegou porque nos fazia falta?
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