Sou humana, sim, e é por isso que me apetecia pedir-te, ou melhor, implorar-te que ficasses comigo, que me quisesses apenas a mim, que não precisasses de mais nada, nem ninguém. Claro que te amo, muito, mas é por essa razão que não forço, que te deixo ir e viver à tua maneira, porque quero acreditar que será o melhor. Quero, mesmo, acreditar que sabes do que falas e o que fazes, mas a verdade é que sinto a tua falta e gostava de te ter ao meu lado, no meu corpo, enchendo a minha boca com a tua toda, para que fosses, outra vez, o homem que já reconheci e tive!
Aprendi, não sei se de forma errada, que não devemos forçar os sentimentos dos outros. Que o livre arbítrio significa isso mesmo, a possibilidade de se escolher e que ao interferirmos, poderemos estar a causar danos a longo prazo, arrependendo-nos ambos mais tarde. Sei tudo isto, mas sou humana mesmo assim, e o meu corpo degladia-se com a minha mente, todos os dias. O meu coração grita à minha alegada razão que bem lhe podia dar uma possibilidade, e que acabaríamos mais felizes se eu fosse atrás, se forçasse, mas "alguém" tem que tomar as decisões e eu nunca fujo, nem do que me deixa mal e magoa. Ser crescido tem destas coisas.
Voltando à minha humanidade, lá em cima está escrito o que sei estar certo, mas o que me apetece mesmo é mandar tudo à merda, correr para ti, agarrar-te, agarrando-me, e mostrando-te do que sou feita. Gostava que sentisses como te posso deixar pronto, cheio de vontade de mim e a jorrar um prazer que nos envolvesse. Gostava que a tua carne se misturasse com a minha, que a pele se arrepiasse, e sentisses como ficaria por dentro quando me tocasses.
Isto de ser a que faz tudo bem, sucks, e provoca um mau estar interior que me balança a cada segundo e me impede de saber se é este o caminho. Será que me estarei a perder por te ter perdido. Serei a minha maior inimiga e será que esta dor tem algum propósito?
Sou humana, raios, e tu bem que também poderias ser um pouco mais, tentando participar na metade que te compete. Até que poderias, se ao menos me soubesses amar da mesma forma...
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