Como diz o ditado, o que não tem remédio, remediado está!
Estou há algum tempo a acusar o desgaste que a minha escolha me está a trazer, por isso quero e preciso de parar com o que não me faz bem e não me permitirá rir como tanto gosto de fazer. Gosto de estar de bem comigo e com o mundo e não quero bem pontas soltas, nem amargos de boca, Não quero impor nada a ninguém, nem sequer a mim mesma.
- Olha lá rapariga (esta sou eu a falar comigo mesma) mas afinal o que pensas que estás a fazer?
- Tens razão, mas julguei que me bastava querer para acontecer, no entanto o dito cujo Universo respondeu-me que nem sempre me pode dar impossíveis e que já esgotei a minha cota.
- Então e no que ficamos?
- Saltamos fora enquanto o comboio ainda vai devagar.
- Espero então que seja rápido, porque já me cansei de esperar por ti e sem ti sou apenas metade.
- Bem sei que sim, perdoa-me a incapacidade de te incluir neste processo, afinal de contas tiveste sempre razão.
Sim eu faço exatamente isto, falo comigo. Falamos ambas, eu e eu mesma, tentando contrariar o que uma ou outra escolha de menos certo. Falamos para pesarmos e medirmos o que nos deixará pior do que começámos e assim regressarmos ao que sempre fomos.
Ser mulher e estar nesta fase de conhecimento que tem tanto de BOM quanto de DESESPERANTE, é perceber que se tem mesmo poder, mas que nem sempre apetece conhecer o caminho todo antes de o percorrer. O elemento surpresa desvanece-se, mas como nem tudo é mau, fica a segurança e a certeza de que só vale a pena ser assim, porque no final do dia o balanço terá que ser positivo, venha quem vier.
Não sei se fiz algum sentido, mas é o que dá sermos duas, baralhamo-nos!
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