Não lhe contes todos os teus segredos. Não te exponhas demasiado. Não lhe contes tudo, porque apenas acabarás mais magoada, com feridas mais abertas e no final incapaz de te sarar!
Se tivéssemos forma de medir a exposição que nos é permitida, até onde devemos ir para que não se saiba tanto de nós, quanto nós mesmos. Se ao menos alguém, mais sábio, soubesse do que falava e nos indicasse os caminhos mais fáceis, os que não nos deixariam cair e os que não nos levariam, às cegas, para lugar nenhum...
Por vezes o medo faz com que se queira correr, muito, sem parar e sem olhar para trás, mas fugir nunca será o certo, porque tudo voltará, numa outra esquina qualquer, para nos cobrar e para nos levar o que agarrámos de forma enganadora, com ambas as mãos. Enfrenta, segura, olha a direito, respira fundo e mantém-te tu mesma, mas não em demasia.
Se não te tivesse contado de mim. Se tivesse fugido como o fizeste tu no final, hoje não saberias qual era o meu norte, não te conseguirias posicionar e nunca chegarias até mim, magoando-me, outra vez.
Não lhe contes tudo. Não oiças as promessas vãs. Não acredites quando disser que te quer não importa como. Duvida das palavras que lhe saiam demasiado seguras. Não te escondas, mas apaga as pegadas e os rastos que vás deixando. Não corras, mas certifica-te que caminhas mais rápido. Não fujas, mas aceita proteger-te. Não lhe contes tudo, aceita o meu conselho e não acabarás "aqui", assim!
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