Quem me irá abraçar, agora e de cada vez que me apetecer fugir de mim e do mundo? Quem me irá esperar quando tiver conduzido ansiosa e determinada por querer quem esteja, mesmo, do outro lado? Quem me vai fazer sonhar e sentir tão amada quanto desejada? Quem levará de mim, tudo o que tenho armazenado desde que passei a ser apenas eu?
Os finais são sempre difíceis, mas no mundo dos adultos não se deixam decisões por tomar. Não se esconde a cabeça, ergue-se, continua-se e vai-se à luta. Mesmo nos finais, haverá sempre lugar para se dizer o quanto alguém é especial para nós. Até depois dos finais, é possível encher o coração de felicidade com tudo o que fomos capazes de reproduzir, até quando já não o julgávamos possível.
Quando as perguntas deixarem de pairar no ar. Quando eu passar a querer quem eventualmente me queira. Quando tudo de mim, absorver a metade de mim que me restou, eu sei que ficarei de novo no caminho que me levará à relação que preciso e pela qual espero.
Nunca temos forma de saber como prosseguirá o que começámos. Nunca poderemos manter certezas, até quando tentamos, com toda a determinação, afastar as dúvidas. Nunca saberemos o verdadeiro sabor dos beijos que trocávamos quando sentíamos vontade, até terem deixado de existir. Nunca chegaremos ao outro lado de quem escolhemos, se não soubermos de que lado estamos nós.
Quem é que me poderá responder ao muito que pareço precisar de perguntar?
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