Fiquei num tom pastel, daqueles que não dizem quem sou, mas que passam bem o que sinto. A cor não estará definida, assim como não estarei eu também, mas a minha indefinição deixou de me escurecer a alma, e de me matar por dentro. Estava cansada de procurar respostas onde não chegavam, até quando eu era da cor azul céu e logo eu que gostava de perguntar porquê mesmo quando não uso palavras.
Andava cheia de medo de me fechar, de acabar a acreditar que tiria que me bastar e que sobreviver ao que ainda nem sequer chegou perto. Queria parar de fugir, de esperar e de querer. Queria e consegui, mesmo quando as cores que me envolvem não são vivas.
Não gostava do meu lado mais escuro e odiava-me quando nem conseguia sorrir. Odiava as lágrimas que já nem por dentro me lavavam. Odiava odiar. Mas hoje, mesmo que a cor com que me "visto" não seja a que mais gosto, parei de analisar tudo ao ínfimo detalhe e passei a usufruir do que sou e do que sinto no momento.
Agora estou sempre da cor que fizer para ter e mudá-las deixou de ser um desafio!
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