Irreverência física e emocional. A necessidade de dizer e parecer o que se é realmente, mesmo que choque e abane mundos pequenos. Até o consigo entender e aceitar, mas teremos que ser nós em todo o percurso, sem nunca nos defraudarmos, sem nos vendermos, ou sequer nos mutarmos para que nos possam olhar de forma diferente!
Estou a tentar lembrar-me dos meus momentos de irreverência e verifico que quase não existiram, porque a necessidade de levantar a voz, de ser a que sabia tudo, a que iria não importa onde, apenas para não ser formatada, nunca a tive. Pensei e repensei sempre no que isso me custaria, no quanto poderia sair mais dorida do que vitoriosa. Fui acertando os passos ao longo do meu crescimento, como o faço ainda hoje e o que ganho será sempre a sensação de que me conheço melhor do que qualquer outra pessoa e que apenas eu poderei saber como e por onde irei de cada vez que o decidir.
A minha irreverência é natural e não pretendo, em momento algum, chocar ou impor-me. "Laissez faire, laissez passer". Cada um saberá de si mesmo e de que forma poderá moldar-se, ou ao mundo. Não temos que andar em constantes picardias, mostrando o que se sabe e querendo que acreditem no que desejamos. A irreverência deve ser posta ao nosso serviço, para completarmos as tarefas que nos cabem. Para chegarmos onde nos conseguimos ver e para lutarmos por quem nos inspira. Tudo o resto serão completas perdas de tempo.
Sabes o que diz a minha irreverência? Que eu sou quem desejo e que só acolho quem permito. Esta coisa de querer mudar o mundo e as mentalidades deixo para os anjos, não me importo NADA de ser um demónio.
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