Gosto de te olhar enquanto escreves, ficas com um ar sério, de homem que controla tudo o que sente e faz. Gosto de imaginar as palavras que te cruzam os pensamentos, tentando perceber se estarei em alguma. Gosto de tudo o que crias e leio sempre sôfrega, porque tens um mel que me alimenta muito para lá dos beijos. Gosto do fogo da tua lareira, tem a mesma temperatura que sinto dentro. Gosto até do vinho que bebes comigo e dos teus lábios que sorvem as gotas que deixo, propositadamente nos meus.
Estou deitada no tapete, envolta no seu pelo alto, de barriga para baixo, escutando a música suave que me move de forma quase inconsciente. Sinto-me irrequieta e o desejo começa a invadir-me. Estou a tentar controlar-me, mas não sei por quanto tempo, sei que precisas de escrever um pouco mais, hoje monopolizei-te e impedi-te de criar. Tu vais-me espreitando e sorrindo, acho que já me leste e percebeste o que quero.
- Rui, quero-te tanto.
Não precisei de repetir, num segundo já te sentia em cima de mim, a esmagar-me a boca num beijo tão apaixonado que juro ter-te sentido por inteiro, quem tinhas sido até teres chegado aqui. Quem és e porque mexes comigo assim. Os meus seios estão comprimidos pelo teu peito que vai arfando com a respiração descontrolada. Foi tanto o amor que já fizemos hoje, mas parecemos prontos para muito mais. Abri as pernas e preparei-me para te receber. Os nossos olhares colaram-se e nunca deixámos de dizer, um ao outro, o quanto nos queremos, sem falar, apenas a sentir, carregados de uma certeza que apenas têm os que se amam incondicionalmente.
Estou pronta para ti e acabei de o provar!
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